A cortina wave (também conhecida no mercado internacional como “ripplefold”) é o caimento queridinho dos projetos contemporâneos: ondas contínuas, caimento impecável e abertura suave — perfeita para janelas amplas, vãos piso‑teto e portas de correr. Diferente das pregas tradicionais, a wave é guiada por um cordão de deslizantes que limita a extensão do tecido, garantindo curvas regulares quando fechada e um empilhamento reto e compacto quando aberta. (silentglissglobal.com)

O que é a cortina wave — e quando usar

• Estética limpa e modular: as ondas são uniformes do trilho ao piso, sem “bolsões” de tecido. Isso a torna ideal para interiores minimalistas e para destacar pé‑direito alto.
• Funcionamento suave: os deslizantes correm dentro do trilho (embutido ou aparente), com versões manuais, com cordão e motorizadas. (silentglissglobal.com)
• Excelente para grandes vãos: o empilhamento (stackback) é previsível, facilitando projetar o trilho para que a cortina recolhida libere o máximo de luz. (thehomeofinteriors.co.uk)

Dica de projeto: se você gosta do visual de varão, existe o “varão‑trilho” (perfil técnico com aparência de tubo decorativo) que entrega o efeito wave sem os limites de um varão com argolas. (silentglissglobal.com)

Medidas sem erro: largura, altura e profundidade do cortineiro

• Largura do trilho (nova instalação)
  • Meça a largura do vão (vidro + marco) e some a folga lateral para o empilhamento: 15 a 30 cm para cada lado em janelas comuns; para portas de correr, considere 30 a 50 cm por lado, quando houver parede disponível. (thecurtainpoleandtrackcompany.com)
• Altura
  • Trilho no forro: meça do fundo do trilho até o piso. Para “beijar” o piso, deixe 0,5–1 cm de folga; para flutuar (sem tocar), 1–2 cm. Para efeito puddle (charme proposital), some 2–3 cm.
• Profundidade do cortineiro (sanca embutida)
  • Para wave simples (tecido único), planeje ao menos 15 cm de profundidade útil.
  • Para wave com forro separado ou blackout, trabalhe entre 18 e 22 cm. Essas margens evitam que as ondas toquem na borda da sanca e garantem deslizamento perfeito. (123persianas.com.br)

Pro tip Pâmela Decoração: em ambientes integrados, alinhe a face do cortineiro ao negativo do forro de gesso e antecipe saídas elétricas se houver automação.

Stackback (empilhamento) e consumo de tecido — cálculos rápidos

A cortina wave permite prever, com boa precisão, o espaço ocupado quando aberta:

• 80 mm (ondas mais profundas, menos “gomos”): aprox. 18 cm de empilhamento por metro de trilho.
• 60 mm (ondas mais fechadas, mais “gomos”): aprox. 23 cm por metro de trilho. (thehomeofinteriors.co.uk)

Exemplo prático:

• Trilho de 3,00 m com wave 80 mm, cortina em duas partes: 3,00 × 18 cm = 54 cm total; 27 cm por lado.
• Trilho de 3,00 m com wave 60 mm: 3,00 × 23 cm = 69 cm total; 34,5 cm por lado. (thehomeofinteriors.co.uk)

Consumo de tecido (fullness):

• Para um “corpo” elegante em wave, usamos como referência um fator em torno de 2,2x a 2,4x a largura do trilho (média de 2,3x muito utilizada em sistemas profissionais). (shadecollective.com.au)
• Em especificações “ripplefold”, você também verá a fullness em porcentagem: 60%, 80%, 100% (padrão), 120%. Como regra prática, isso se traduz aproximadamente em 1,6x; 1,8x; 2,0x; 2,2x de tecido em relação ao trilho, respectivamente (inferência técnica a partir dos níveis de fullness usados no mercado). (hunterdouglashospitality.com)

Trilhos para cortina wave: embutido, aparente e automação

• Trilho embutido em cortineiro: fica invisível, criando o efeito “cortina saindo do teto”. Prefira alumínio com deslizantes de baixo ruído.
• Trilho aparente (perfil minimalista): solução limpa para quem não terá sanca e quer instalação a teto ou parede.
• Varão‑trilho (look decorativo com performance de trilho): ideal quando o projeto pede acabamento de “tubo”, mas precisa da mecânica da wave. (silentglissglobal.com)
• Curvas e cantos: existem trilhos curváveis, úteis em vãos em L ou para contornar pilares. (silentgliss.at)
• Acionamento
  • Manual ou por cordão: indicado para vãos médios e tecidos leves a médios.
  • Motorizado: conforto, integração com automação residencial e quedas grandes; priorize trilhos com motores silenciosos e compatíveis com assistentes de voz e cenas. (silentglissglobal.com)

Checklist de compatibilidade wave:

• Trilho com gliders e cordão de passo específico (60 mm ou 80 mm). (petermeyerblinds.com.au)
• Fita wave adequada e posicionamento correto dos ganchos (espaçamento de “bolsos” varia conforme a profundidade da onda). (thehomeofinteriors.co.uk)

Tecidos ideais e forrações (sem mistério)

• O que funciona melhor: voil, linho misto, algodão forrado, blackouts com bom caimento e malhas de poliéster de gramatura média — todos formam ondas limpas e “treinam” fácil. Evite tramas muito rígidas, bordados pesados e listras verticais irregulares. (thehomeofinteriors.co.uk)
• Forro: protege da radiação UV, dá corpo e melhora o escurecimento. Para dormitórios, combine tecido decorativo + forro blackout (junto ou separado, conforme profundidade do cortineiro). (hunterdouglashospitality.com)
• Dica de manutenção: priorize tecidos com baixa taxa de encolhimento e boa estabilidade dimensional; após instalar, “treine” manualmente as ondas nos primeiros dias para memorizar o desenho. (linearcurtainpoles.co.uk)

60 mm ou 80 mm? Como escolher a profundidade das ondas

• 60 mm: ondas mais fechadas, maior número de “gomos”; pede um pouco mais de empilhamento total e ocupa menos profundidade frontal (bom para nichos rasos). (thehomeofinteriors.co.uk)
• 80 mm: ondas mais esculturais, empilhamento ligeiramente menor por metro; atenção ao espaço frontal‑traseiro das ondas. (linearcurtainpoles.co.uk)

Regra prática Pâmela Decoração:

• Vãos amplos e portas de correr: 80 mm (visual mais elegante e stackback eficiente).
• Janelas menores ou com pouco espaço frontal: 60 mm (ondas mais compactas). (thehomeofinteriors.co.uk)

Erros comuns (e como evitá‑los)

• Ignorar o stackback: sem folga lateral, a cortina aberta invade o vidro. Sempre calcule o empilhamento por metro de trilho. (thehomeofinteriors.co.uk)
• Cortineiro raso: ondas batendo na sanca “travando” a cortina. Planeje 15 cm para tecido único e até 22 cm para dupla/blackout. (123persianas.com.br)
• Fullness insuficiente: ondas “murchas” por pouco tecido. Busque cerca de 2,2x a 2,4x como ponto de partida. (shadecollective.com.au)
• Escolha de tecido inadequado: tramas rígidas não formam ondas regulares. Faça o “teste do caimento” segurando o topo do tecido e observando se ele desenha a curva naturalmente. (waverley.co.uk)
• Trilho errado para wave: varões com argolas não entregam a mecânica da onda — use trilho com gliders ou varão‑trilho técnico. (silentglissglobal.com)

Mini‑guias de bolso (salve este post!)

• Fórmulas rápidas
  • Largura do trilho = largura do vão + (folga lateral × 2).
  • Empilhamento total (80 mm) ≈ 18 cm × comprimento do trilho; (60 mm) ≈ 23 cm × comprimento do trilho. Para cortina em duas partes, divida por 2. (thehomeofinteriors.co.uk)
  • Tecido (fullness) ≈ 2,3 × largura do trilho (ajuste conforme densidade do tecido). (shadecollective.com.au)
• Quando motorizada vale a pena?
  • Vãos acima de 3 m, janelas de difícil alcance, rotina com automação de cenas (acender luzes, fechar cortinas, climatização). Prefira trilhos silenciosos e com integração estável. (silentglissglobal.com)
• Detalhes de instalação que fazem diferença
  • Alinhar o trilho ao forro para efeito “teto infinito”.
  • Prever tomada oculta (ou ponto 24 V) no cortineiro para automação. (silentglissglobal.com)

Conclusão

A cortina wave une estética, funcionalidade e previsibilidade — três atributos que valorizam qualquer ambiente residencial ou comercial. Se você chegou até aqui, já tem o mapa para especificar com segurança: escolher o trilho certo, calcular empilhamento, dimensionar tecido e selecionar o tecido ideal. Quer tirar seu projeto do papel com precisão milimétrica, imagens 3D e atendimento em todo o Brasil (e exterior)? Fale com a Pâmela Decoração e descubra como nossa metodologia online transforma medidas em resultados impecáveis — do briefing ao último encaixe do trilho.